Servidores municipais que atuam na saúde de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, começaram, nesta segunda-feira (6), uma paralisação em protesto contra o corte do adicional de insalubridade da Covid-19 para os profissionais.
A Prefeitura de Ponta Grossa informou que a decisão de suspender o pagamento a partir de setembro ocorreu porque todos os servidores municipais da saúde receberam as duas doses da vacina contra a Covid, além da aquisição de novos equipamentos com mais proteção.
Segundo a Fundação Municipal de Saúde (FMS), os servidores que estiverem em desacordo com a mudança em relação ao adicional deverão protocolar a avaliação junto ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmt).
Para dar incio à paralisação de parte dos serviços, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ponta Grossa (SindServ) fez uma manifestação e votação em assembléia na manhã desta quarta, no Parque Ambiental.
Uma segunda votação ocorrerá no período da tarde, com outro grupo de servidores para definir o andamento da greve, conforme o sindicato.
Atendimentos
Segundo a categoria, a greve ocorre com a redução de serviços da saúde, considerados como eletivos, mas os profissionais continuam aplicando a vacinação contra a Covid-19 e realizando atendimentos de urgência e emergência, de acordo com a lei.
A FMS informou que mesmo havendo a necessidade da iniciativa de greve ser comunicada formalmente com antecedência mínima de 48 horas pelo órgão sindical, em algumas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) as coletas e consultas foram canceladas nesta segunda.
O município disse estar fazendo o monitoramento destes casos e logo após o retorno da normalidade, as unidades entrarão em contato com os moradores para reagendar o atendimento.
Adicional
A compensação era paga desde agosto de 2020, com retroativo a partir de abril do ano passado, a 1.800 servidores da saúde com atuação na linha de frente da pandemia.
O adicional chegava a 40% do salário dos servidores.
Com o corte, 209 profissionais voltam a ter em ao salario original sem acréscimo algum. Outros 1,6 mil funcionários permanecem com 20% de adicional por insalubridade.
Para a prefeitura, de acordo com dados disponibilizados, o pagamento da compensação representava R$ 387 mil por mês.
Procurada, a administração pública reforçou, ainda, que o dinheiro economizado agora poderá ser investido em outras áreas.
FONTE ORIGINAL DA MATÉRIA: G1