Órgão afirmou que há mais de 1,7 milhão de pessoas na fila. O maior número gira em torno de benefícios assistenciais, como o BPC, com o total de 757.566 pedidos em análise.
Após quase uma semana, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) respondeu ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a demora no atraso de concessões de benefícios. Na semana passada, o Supremo havia estabelecido um período de cinco dias para que o instituto respondesse sobre a demora em liberar os pedidos dos segurados mais do que o prazo limite a esses requerimentos. O órgão alegou que a falta de servidores e o aumento do número de pedidos provocaram esse tempo maior para atender os beneficiários da Previdência Social. Hoje, o órgão afirmou que há mais de 1,7 milhão de pessoas na fila.
O maior número de pedidos em análise diz respeito às solicitações de benefícios assistenciais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), com o total de 757.566 pedidos em análise. Em seguida, aparecem os pedidos de aposentadoria, que totalizam 519.465 solicitações na fila.
Também há na fila pedidos de salário-maternidade (179.819), pensões (150.843) e benefícios por incapacidade (131.802).
O INSS afirmou que, ao longo do ano passado, três tipos de requerimentos estiveram com as respostas acima do prazo em todos os meses do ano. São eles: Auxílio-Doença com Documento Médico, Auxílio-Acidente e Benefício Assistencial à Pessoa com Deficiência.
“O que há em comum nesses três serviços é a necessidade de encaminhar 100% dos casos à Perícia Médica. Para o Benefício Assistencial à Pessoa com Deficiência há ainda outro procedimento obrigatório: envio do processo à área de Serviço Social”, disse o órgão.
No texto, o INSS argumentou que o instituto sofreu uma perda de servidores maior do que a esperada. O órgão disse que perdeu 5% da força de trabalho por causa de aposentadorias, mortes, pedidos de exoneração e demissão. No total, são cerca de 20 mil servidores, sendo 11,2 mil ocupando funções de analista ou técnico do seguro social. Para suprir a falta de funcionários, o órgão explicou que seria necessário repor quase 5 mil vagas. Para isso, é necessário a abertura de concurso público em uma solução a longo prazo.
Fonte: Jornal O DIA